terça-feira, agosto 23, 2005

Incêndios florestais

José Sócrates: apoio às populações ficarão "imediatamente disponíveis"
22.08.2005 - 22h32 Lusa

O primeiro-ministro, José Sócrates, disse esta noite que os mecanismos de apoio às pessoas afectadas pelos incêndios florestais ficarão "imediatamente disponíveis". O chefe do Executivo falava no Governo Civil de Coimbra, onde presidiu a uma reunião destinada a "resolver os problemas das pessoas mais afectadas" pelos fogos que têm assolado o país. O Governo está a ponderar accionar o Fundo Europeu de Solidariedade.
Habitação, florestas e segurança social são as áreas de intervenção prioritária do Governo, cujas principais medidas de apoio foram aprovadas no último Conselho de Ministros.O primeiro-ministro expressou "uma palavra de solidariedade" às câmaras municipais de Miranda do Corvo e Coimbra - os dois municípios do distrito de Coimbra mais atingidos pelas chamas nos últimos dias.Participaram na reunião o ministro da Administração Interna, António Costa, e vários secretários de Estado, além do governador civil de Coimbra, os presidentes das câmaras de Coimbra e Miranda, o presidente do Instituto Nacional da Habitação, os directores regionais e o comandante operacional distrital.Na reunião, José Sócrates quis transmitir aos autarcas locais o empenho do Governo para que os diversos organismos da administração central resolvam "de forma muito rápida" os principais problemas das populações das zonas flageladas pelos fogos.Fundo Europeu de Solidariedade pode ser accionado"Estamos a fazer o levantamento de todos os prejuízos", disse José Sócrates, esclarecendo que o Fundo Europeu de Solidariedade pode ser accionado.Este fundo, ressalvou, destina-se apenas a apoiar a recuperação de infra-estruturas públicas e desde que os danos atinjam os três milhões de euros ou 0,6 por cento do rendimento nacional bruto (cerca de 770 milhões de euros).Por outro lado, "este ano há uma muito maior coordenação dos meios de combate", garantiu o chefe do Governo. O número de aeronaves envolvidas no combate aos fogos florestais é igualmente superior aos dos últimos anos, também segundo José Sócrates, frisando que essas aeronaves eram 38 no ano passado e são 49 este ano."Dever do Governo é apoiar a coordenação nacional". "O dever do Governo é apoiar a coordenação nacional e manifestar-lhe a sua confiança", frisou, rejeitando acusações de alegada descoordenação no combate aos fogos florestais. José Sócrates afirmou igualmente que este ano "o risco de incêndio é muito superior ao de 2003" e que a área ardida é menor."Estamos a viver o pior dos últimos cinco anos", com a seca prolongada a agravar o potencial de risco criado pelas condições climatéricas adversas da época, acentuou, elogiando "o bom trabalho" que está a ser feito pelos bombeiros portugueses.No ano passado os incêndios destruíram 129.539 hectares de floresta e em 2003 o valor de área ardida ultrapassou os 425 mil hectares - a maior área total devastada pelos incêndios nos últimos 20 anos.

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