" Mário Soares disse ontem, em entrevista à Rádio Renascença, que Manuel Alegre "está de má consciência", porque não teve o apoio do PS, não aceitando que o fundador do PS avançasse primeiro. "Vive num quadrado confuso, não sabe quem é o adversário ou para onde quer ir, o que poeticamente pode ser muito interessante, mas politicamente não tem defesa. É patético", referiu ainda.
Ontem à tarde, em mais uma acção de campanha, no centro paroquial da Ramada, em Odivelas, defendeu o Estado social que, segundo disse, corre o risco de ser desmantelado se "o economicismo progredir".
O candidato do PS não quis tomar posição sobre as decisões do Governo na área social, alegando que este "governo considera-se de Esquerda e tem, no seu programa, como objectivo a solidariedade".
Ao longo da visita, e sem nunca mencionar Cavaco Silva, Soares elogiou o voluntariado e a existência de instituições de apoio particulares - neste caso da Igreja católica - e quando foi questionado sobre se o Estado social falha em Portugal, disse que não chega a tudo, mas se acabar "é uma catástrofe".
O candidato comparou ainda o neoliberalismo com a teoria da evolução das espécies em só os mais resistentes vingam. "O neoliberalismo é um darwinismo social, em que os mais ricos e fortes subsistem e os outros, a natureza encarrega-se de os eliminar. É a lei da selva".
No atelier infantil, Soares foi interrogado sobre se tinha sido um bom estudante, tendo dito que não era "excepcional", mas que Churchill também não o tinha sido e que era isso que dizia ao pai, João, quando este o repreendia por não estudar mais.
O candidato visitou depois o centro de dia, onde contactou com idosos, enaltecendo o apoio domiciliário que é prestado aos 70 idosos da freguesia."
Dá-me a impressão, que um dos nossos antigos Presidentes da República, neste caso o "Dr."Mário Soares, está a ficar cácá, senil, o que quiserem... ora insulta um ora insulta outro. Será que é este exemplo que nós portugueses queremos como figura principal da nossa nação? Será que queremos mostrar ao Mundo que podemos ter um Presidente pior que o deles? Porco de língua, que não sabe o que diz. Para mim já chega, já basta o Governo que temos, e agora vem este outra vez?
Mário Soares vai mudar a sua estratégia de campanha, e deixar de fazer ataques frequentes a Cavaco Silva. A decisão é válida, pelo menos, durante o período de pré-campanha das eleições Presidenciais, adiantou um dos principais conselheiros do candidato a Presidente da República apoiado pelo PS.
Segundo o mesmo responsável, citado pela agência Lusa, «num primeiro momento», os ataques de Mário Soares ao ex-primeiro-ministro do PSD «justificaram-se por terem o objectivo de traçar um quadro de bipolarização na campanha».
«Mas, nos últimos dias, esses ataques já não se justificaram no plano político, sobretudo a partir do momento em que Mário Soares conseguiu o essencial, que é a realização de um debate televisivo com Cavaco Silva», concluiu o conselheiro, garantindo que o próprio ex-chefe de Estado já concordou com essa mudança estratégica.
Mário Soares e Cavaco Silva vão travar o seu frente-a-frente televisivo a 20 de Dezembro na RTP.
"Contrariamente ao que poderia parecer evidente, os otários não são os partidários do aeroporto da Ota. São os seus adversários. Aliás, como sibilinamente já começou a ser anunciado, o futuro aeroporto na Ota há-de chamar-se Aeroporto Internacional de Lisboa, esticando o diâmetro da capital para além dos 50 quilómetros.
Inchada Lisboa assim desta forma artificial, sobrarão razões para que quem lá manda reforce a convicção de que Portugal é Lisboa e o resto é paisagem.
Para os otários que ainda sonhavam com a real possibilidade de meter travão às quatro rodas deste megalómano empreendimento, o show da sua apresentação, ontem realizado na Gare Marítima de Alcântara, deve ter servido para acabar de vez com os sonhos.
Como os paquidermes, depois de posto a andar é impensável pará-lo. A coisa pode ser atrasada, como já foi, mas ninguém a parará. O pontapé de saída não foi deste Governo, mas será este Governo que o tornará irreversível.
Por muito que se diga que os próximos quatro anos serão dedicados integralmente aos estudos, estamos a falar, maioritariamente, dos estudos necessários à sua implementação e não dos estudos que importava conhecer para apurarmos a sua imperiosa necessidade, a sua viabilidade económica, a sua engenharia financeira, os seus diversos impactes e os seus custos previsíveis.
Foi supostamente destes estudos, já transformados em ferramentas de marketing, que ontem o Governo falou ao país. Os estudos que deveriam servir para que se abrisse um longo período de discussão de um assunto que é discutível, apenas estão desenhados para suportar a decisão tomada e ajudá-la a vender.
Vender é uma boa palavra. Depois de comprar a ideia, o Governo vai tentar vendê-la a dois públicos específicos os portugueses que votam e os investidores portugueses, ou não, que possam ter voto na matéria.
É esta a preocupação actual de quem manda. Dizer aos portugueses que o novo aeroporto vai custar uma pechincha ao Estado, porque os privados é que pagarão a maior fatia, a ver se nos compram. Simultaneamente, tentar interessar os investidores no negócio para ver se a dimensão da mentira da primeira "venda" pode ir diminuindo alguma coisa.
Ainda há muita gente que pensa que qualquer burro come palha, é preciso é saber dá-la. Se descontarmos alguns lisboetas que vivem do turismo de negócios e que já começaram a reparar que a Portela era bem mais simpática para os seus clientes, é no Porto e no Norte que o novo aeroporto é olhado com mais desconfiança. Saia palha!
O Mário Lino que preparou o show-off de Sócrates na primeira descolagem da obra da Ota, é o mesmo ministro que tentou minar o moral das tropas a Norte, com a estória das derrapagens do metro e da Casa da Música.
Aquilo que o ministro Mário Lino se despachou a fazer, passando um atestado de menoridade intelectual (e até insinuando algum desrespeito pelas leis...) aos membros da administração da Metro, é tão inconsistente e tão mal fundamentado que roça o insulto e cheira a manobra de diversão. Se o insulto pode resvalar na couraça da nossa indiferença, a manobra de diversão está aí para quem a quiser comer.
Todos os dias lidamos com publicidade enganosa... e que tal esta da TMN?
Quem fala da TMN, fala também na Vodafone, e até do Kanguru, dado que os serviços são idênticos e todos necessitam da referida placa aqui anunciada pela TMN.
No JN de hoje, vem esta notícia, que sinceramente não consigo compreender. Será que o INE tem um ponto de vista diferente do nosso?
" A par da "novidade" que foi a aceleração das exportações, o INE registou uma "evolução moderada" das importações. Para esta moderação terá contribuído o abrandamento do consumo, durante o terceiro trimestre, em consequência quer do maior pessimismo com que as famílias avaliam a evolução da situação económica, como da retracção em adquirirem alguns bens. A retracção, que já era esperada no caso de alguns produtos, como automóveis - muitas pessoas optaram por comprar ou trocar de carro antes da subida da taxa do IVA -, mas os dados revelam que se estendeu também ao consumo de bens alimentares e principalmente ao vestuário calçado, produtos médicos e de higiene."