O "buraco" referido pelo chefe do Governo diz respeito à contabilização, com receita, de um dividendo de uma empresa pública - a Empresa de Desenvolvimento Mineiro (EDM) - que entrou nas contas de 2004 e que o Eurostat não aceita como receita das administrações públicas nacionais. Se essa for a interpretação definitiva do Eurostat, o défice orçamental deverá aumentar 0,03 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2004 e, dessa forma, ultrapassar o limite de três por cento do PIB exigido pelo Pacto de Estabilidade e Crescimento.
Segundo um porta-voz do Ministério das Finanças, citado pela agência Lusa, as autoridades nacionais detectaram o erro, informaram o Eurostat e vão agora investigar. "No reporte de Fevereiro, a situação será rectificada", acrescentou o responsável das Finanças.
O Eurostat pede ainda a clarificação de alguns casos de injecção de capital do Estado em empresas, entre 2001 e 2004, em Portugal, na Alemanha, em Itália e na Polónia. De acordo com a agência Lusa, este caso diz respeito a transferências de capitais para os hospitais que não foram inscritos como despesa pública, desconhecendo-se o valor em causa.
O Eurostat fornece os dados relativos ao défice e à divida pública dos 25 Estados membros, baseando-se em dados transmitidos pelas autoridades nacionais no âmbito do procedimento de défices excessivos. No actual reporte de dados - que é feito duas vezes por ano - Portugal apresentou, em 2004, um défice público de três por cento do PIB e uma dívida de 46,5 por cento.
Para além de Portugal, também as contas da Grécia e da República Checa mereceram as reservas do Eurostat.
Os Estados membros com défices públicos mais elevados no ano passado foram a Grécia (6,6 por cento do PIB), Hungria (5,4 por cento), Malta (5,1 por cento) e Chipre (4,1 por cento). Outros oito Estados membros registaram défices públicos superiores ou iguais a três por cento do PIB: Polónia (3,9), Alemanha (3,7), França (3,6), Itália (3,2), Eslováquia (3,1), Reino Unido (3,1), República Checa (3) e Portugal (3).
Os países que conseguiram manter o défice abaixo dos três por cento do PIB foram a Dinamarca (2,3 por cento), Finlândia (2,1 por cento), Estónia (1,7 por cento), Suécia (1,6 por cento), Irlanda (1,4 por cento) e Bélgica (0).
É mais uma incompetência deste Governo. Concordo com um dos comentários que se encontra aqui no Público OnLine. Em diversas ocasiões taparam-se os "buracos" dos outros, mas este senhor acaba por ser reles e ordinário... se a culpa foi do Governo anterior, agora só tem que resolver a situação, ou queria ele ter a "papinha" feita???? Por alguma razão está lá, não só porque foi eleito, mas porque confiaram nas promessas dele, e diga-se já que foram promessas vãs, que nunca irá cumprir.
Por outras palavras, mais um mamão para roubar os portugueses e Portugal, tenham vergonha meus senhores, a necessidade de muitos ou de mais supera a necessidade de um ou de menos.
Do povo, para o Povo e pelo Povo, eis a essência básica dos principios da Democracia da Antiga Grécia e que deveria perdurar ainda hoje.
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