sexta-feira, setembro 02, 2005

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Campanha geriátrica

Cavaco Silva e Mário Soares estão em profunda reflexão com as respectivas famílias desde 1995 para decidiremo modo e o tempo de anunciarem que já decidiram candidatar-se às eleições presidenciais de Janeiro de 2006. Mais do que no confessionário do padre Melícias ou no "Às 2 por 3", já é um facto aceite que desde a Academia de Platão que não se juntavam tantos neurónios para discutir a reminiscência de uma experiência anterior. Tanto a família Cavaco como a família Soares têm em si a lembrança do exercício do poder, logo já tiveram algum contacto com ele numa vida passada ou, pelo menos, no século passado.
De Boliqueime ao Vau, o Algarve em Agosto será um enorme think tank, de onde sairão decisões que vão mudar a vida de 10 milhões de pessoas e de um José Sócrates. Apesar da erosão costeira, da seca, de Macário Correia e de Zézé Camarinha, a região algarvia está a cunhar aquilo que Cavaco Silva ainda há pouco tempo profetizou como a boa moeda que deverá expulsar a má moeda, castigar os ímpios com fogo e enxofre e anunciar a era do bolo-rei de dois andares. Cavaco Silva chamou para o ajudarem a reflectir: a mulher, filhos, genro e nora, netos, primos de França, tias de Viseu, um busto de J F Kennedy, dois dálmatas de louça e o blogue de Abrupto de Pacheco Pereira. Soares optou pelo método Pilates: dobrou a coluna apoiado no cóccix, conferenciou com o seu próprio umbigo e, juntos, tomaram decisão de avançar.

in O Público 29 Julho 2005; InimigoPúblico

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