segunda-feira, novembro 28, 2005

Alegre teme que Cavaco subjugue outros poderes

Via JN Online.

"Manuel Alegre desafiou mais uma vez, Cavaco Silva a esclarecer a sua ideia de "cooperação estratégica" que pretende aplicar se for eleito, pois se "entende que vai ser o chefe supremo de todos os órgãos de soberania, vamos ter um grande sarilho", referiu, ontem, na Associação de Cabo Verde, em Lisboa.

O candidato que dedicou o dia de ontem a uma ronda por três associações de imigrantes - de São Tomé, Cabo Verde e Brasil - revelou também as questões que pretende colocar ao ex-líder do PSD, no debate televisivo da SIC, marcado para a próxima sexta-feira.

Para Manuel Alegre, Cavaco Silva tem de tomar posição sobre questões europeias que se encontram na ordem do dia. "Se é federalista, se concorda com o Tratado Constitucional da União Europeia e que pensa das perspectivas finnaceiras".

"É um homem", disse, para logo rectificar, "um candidato sério, até tem perfil para ser candidato, mas não concordo com o modelo que defende para o país". "Tem uma noção errada de como resolver os problemas da competitividade", sublinhou, evocando os milhões em fundos comunitários que entraram no país, quando Cavaco Silva era primeiro-ministro, gastos em betão e não em qualificação.

O candidato realçou ainda que o presidente "tem o poder simbólico de assegurar o regular funcionamento das instituições, mas não é o salvador nem um D. Sebastião", em mais uma crítica velada ao economista. E sem uma única alusão a Mário Soares

Aos presentes, Alegre disse defender que quem nasce em território nacional, deve ser português e que quem ele possa ser eleito para qualquer cargo político. Mas a um jovem que perguntou se aprovaria um período extraordinário de legalização de imigrantes, só disse não ser um tema da competência do presidente.

Contra o compadrio

Anteontem à noite, na Figueira da Foz, Alegre já tinha dito que o presidente deve ser "mais interventivo sem invadir a esfera dos outros órgãos de soberania", elegendo o combate à corrupção como bandeira.


Adiantou, aliás, que além de ser o defensor da Constituição, o chefe de Estado deve ser quem tem "os olhos mais abertos contra um flagelo que está a minar o país", e ser intransigente para com o clientelismo e a corrupção na política. "É preciso um combate sem tréguas à corrupção, ao clientelismo e ao compadrio" referiu, perante 200 apoiantes. Preconizando ainda que o presidente deve "velar" para que a "não haja uma situação de permanente impunidade" na Justiça."

1 comentário:

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