quarta-feira, outubro 05, 2005

Despesa pública pode aumentar 4%

"Até ao final da próxima semana, o Governo de José Sócrates tem de apresentar o Orçamento do Estado para 2006 (OE 2006). É o primeiro grande documento de política económica apresentado pelo Executivo Sócrates depois da demissão do ex-ministro das Finanças, Luís Campos e Cunha."

in O PÚBLICO

"O Estado vai pedir emprestado o equivalente a dois mil euros por português, durante este ano, elevando para 20 mil milhões de euros o total de dívida a contrair durante 2005. Em termos acumulados (a soma deste com os anos anteriores) calcula-se que o Estado termine o ano com 102 mil milhões de euros em dívida, o que equivale a 10 mil euros por cada português e a 65% do Produto Interno Bruto (PIB, a riqueza gerada no país), uma subida forte face aos 61,9% do PIB registados em 2004.

A última previsão, feita em Janeiro, apontava para um total de 14,6 mil milhões de dívida a contrair este ano, mas as alterações introduzidas pelo Orçamento Rectificativo, aprovado pelo actual Governo em Julho, vieram aumentar a necessidade de financiamento do Estado, adiantou ontem o Instituto de Gestão de Crédito Público (IGCP).

Na sequência do Rectificativo, o IGCP reviu o programa de financiamento que tinha sido anunciado em Janeiro e, agora, planeia contrair dívida no valor de 20 mil milhões de euros, até ao final do ano - um montante que inclui uma fatia de 7,2 mil milhões de euros referente ao refinanciamento de dívida de médio e longo prazo, que será amortizada durante este ano.

A revisão do programa de financiamento implica a emissão de títulos de dívida como Obrigações e Bilhetes do Tesouro ou Certificados de Aforro.

Dívida tem aumentado

A dívida do Estado estimada para este ano equivale a 65% da riqueza gerada pelo país e tem vindo a aumentar sustentadamente desde 2001.

É esta subida que é preocupante e não o valor absoluto, concordam vários economistas ouvidos pelo JN. Jorge Santos, professor de macro-economia, lembra o caso da Itália, onde a dívida ultrapassa o valor total da riqueza produzida pelo país, enquanto que César das Neves recorda que nos anos 80, o rácio nacional ultrapassou os 70%.

"O valor não é dramático, mas implica um acréscimo de juros, que terão que ser pagos pelo cidadão comum, e faz com que seja mais difícil controlar o Orçamento de Estado", considera César das Neves.

Por outro lado, este ano, o PIB deverá crescer apenas 0,5%, "abaixo da taxa implícita a pagar pela dívida", o que agrava ainda mais a factura, afirmou Jorge Santos.

Para o cidadão comum, o impacto do aumento da dívida não se sentirá a curto prazo, mas "os juros terão que ser pagos pelo Estado, que só tem uma forma de ir buscar dinheiro - através dos impostos", adiantou o também professor universitário João Carvalho das Neves."

in O JORNAL DE NOTÍCIAS

Vamos aguardar o tão esperado Orçamento de Estado para 2006, que de modo algum não deveria ser apresentado antes das eleições Autárquicas, dado que iria alterar os seus resultados, mas tmbém se pode concluir desta situação o seguinte: ou se tem coragem para mostrar resultados, bons ou maus, ou então saiam de lá, porque, para falar de outros que lá estiveram antes não vale a pena, visto qu estes ainda fazem pior.

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